A Busca

A Busca entrega um drama familiar, pegando um caminho de fácil entendimento ao abordar temas como a separação, a adolescência e, mais precisamente, a paternidade.

Na história, o médico Theo (Wagner Moura) vive uma crise no casamento e o estopim para uma desenfreada espiral de acontecimentos é o desaparecimento do filho de 15 anos. Antes disso acontecer, porém, você é rapidamente apresentado a um cara que não aceita o divórcio e pai controlador que é, não suporta a ideia do filho ter contato com o avô paterno (“Ele não me conhece!! Não te conhece!!”). Após o sumiço do guri, o amor pelo rebento acaba reaproximando o casal no desespero e provocando reflexões.

Daí em diante, A Busca transforma-se num tradicional road movie de autodescoberta, no qual Theo vai rever seus conflitos internos e seu afastamento do próprio pai enquanto segue os passos do filho. O misto de gêneros não é o problema, mas a forma como a trama é conduzida.

O médico já não mora mais com a mulher e o filho na casa recém-construída e ainda não concluída da família. Uma discussão envolvendo Pedro, que acaba de ganhar uma cadeira feita pelo avô, o pai ausente de Theo, é a gota d’água: a separação torna-se inevitável, e a distância entre pai e filho parece intransponível.

Quando o garoto some sem deixar pistas, porém, o desespero acaba reaproximando o casal – e Theo cai na estrada Brasil afora atrás do filho. Como dita a cartilha do road movie, o viajante que parte não é o mesmo que chega ao destino: as peripécias no caminho levam Theo a descobrir quem é realmente seu filho, encarar seus fantasmas pessoais e reavaliar o relacionamento com o próprio pai (Lima Duarte).

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