As entrevistas preliminares ou como despertar o desejo de fazer uma análise em um paciente que não sabe em que isso consiste.

Danielle Quinodoz

 

Danielle Quinodoz, Psicanalista, Membro titular da Sociedade Psicanalítica da Suiça publicou m 2002 na Revista de SBP de PA Vol 4, N2, o interessante artigo que tem como título; –

As Entrevistas Preliminares ou Como despertar o desejo de fazer uma análise em um paciente que não sabe em que isso consiste.

Nesse artigo ela diz para o paciente, com frequência, ao procurar por um analista, trata-se de uma experiência nova muito preciosa. Ele experimenta nesse momento a escuta analítica. Mesmo que não possa dar seguimento, imediatamente, e renuncie a iniciar uma psicanálise, ele guardará em si essa experiência. A atitude do analista permite que o paciente compreenda um pouco em que consiste a relação entre um analista e seu paciente.

É raro que um paciente nos peça, de inicio e explicitamente, uma análise. Os pacientes solicitam ver-nos porque se encontram em uma situação dolorosa para a qual não veem saída. Eles pedem ajuda, mas não sabem qual.

Ela diz que para indicar uma psicanálise de alta frequência, procura ver;-

  • Se esse paciente tem desejo, inconsciente ou pré-consciente, de integração.
  • Se ele apresenta ao menos, um esboço, para utilizar de maneira construtiva um objeto transferencial.
  • Se ele deixa aparecer um desejo de reparação a despeito de um quadro, as vezes, muito destrutivo.

E se ela como a analista sente-se capaz de funcionar bem enquanto analista com  esse paciente, o que implica em que a história interna do paciente faça sentido e que possa haver uma representação viva do seu mundo interno.

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