O “estranho encontro” entre o eu e o outro
Sobre os destinos da dor mental
Sinopse
A mente se enobrece quando aprende a sofrer.
Hamlet
Busco a região crucial da alma onde o mal absoluto opõe-se à fraternidade.
André Malraux
Eu consigo encarar o Olho da Medusa, sem ter medo de ser petrificado.
Wilfred Owen
Uma análise bem sucedida pode diminuir o sofrimento […] mas o intuito da análise é aumentar a capacidade do paciente para sofrer.
Wilfred Bion
Luiz Carlos Uchôa Junqueira Filho
Médico (Faculdade de Medicina da USP), Membro Efetivo e Analista Didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, da qual foi Presidente. Organizador dos Encontros Bienais da SBPSP e Editor das publicações correspondentes. Autor de Sismos e Acomodações: a Clínica Psicanalítica como Usina de Ideias (Rosari, 2003); Dante e Virgílio: o resgate na selva escura (Blucher, 2017) e Vaidade: a sedução pelo desejo mimético (Blucher, 2021). Autor e tradutor de diversos artigos sobre psicanálise aqui e no estrangeiro, bem como docente sobre a obra de Bion em cursos ministrados no Brasil e no Exterior.
Sumário
- O encontro imprevisível entre o eu e o outro
- Protagonistas
- Wilfred Owen: o poeta mártir
- A dor psíquica na visão de Bion
- Jorge Semprún
- Primo Levi: a dor de ter sido um homem
- Uma matéria-prima misteriosa
- De profundis: quando a dor se sobrepõe à beleza
- Espectadores da dor alheia: a saga de Susan Sontag
- Johnny ou Joe: o sofrimento de uma consciência encarcerada
- Duas dores atípicas: a libido elegíaca e a libido incestuosa
- Humor: a desforra de plantão
- Sentimento, linguagem e pensamento: a “grande simplicidade” em Bion
Apêndice I: destrutividade
Apêndice II: um diálogo performático entre Psique e Soma
Referências
Vídeo