Homenagem ao José Antônio Pavan – 13.03.2021
Abertura
Boa tarde a todos! São todos muito. Benvindos. Especialmente Beth, Mauricio e Monica.
Quando vivemos um acontecimento como o que vivemos no mês passado, dia 12-02, o Pavan tendo partido, de alguma forma ter uma cerimônia de homenagem, de luto, torna-se necessário para nós. Precisamos ter um momento em que podemos falar da pessoa que se foi e relembrar as muitas situações vividas juntos. As pessoas se vão e deixam atrás de si uma longa história – História essa que precisa ser relembrada, reverenciada e aprendida. A pessoa se vai e necessitamos pensar sobre tudo aquilo que aprendemos com ela. E no caso do Pavan, somos unanimes em dizer, todos nós, que aprendemos muito. Algumas passagens são lindas, muito marcantes, temos que reverenciar.
É o que fazemos aqui hoje nessa cerimonia de homenagem que preparamos com muito e empenho, carinho para o querido amigo de todos José Antonio Pavan.
Além de ser uma pessoa querida, cordial, ético e um defensor confesso da cientificidade da Psicanálise, ele formou mais de uma geração de psicanalistas e nos deixa um grande legado principalmente pautado pela sua postura constante de integridade e de dedicação em tudo o que fazia. Em nossos momentos de indecisões e dúvidas na condução de uma instituição, ele fará falta com suas sugestões sabias e sensatas!
Memoria (C Drummond de Andrade)
…. E as coisas findas
Muito mais que lindas
Essas ficarão.
Encerramento
Nós temos um artigo traduzido pela Marly Verdi sobre um depoimento do Freud quando ele perdeu sua filha Sophie em 1920 na época da pandemia de gripe espanhola.
A dor levou rever suas ideias sobre perdas afetivas. Como agora, a humanidade estava desamparada nessa época. E além da pandemia saindo da sangrenta Primeira Guerra Mundial. Uma frase dele nesses dias de dor que seguiram a perda:-
O óbvio é que a Brutalidade de nossos tempos pesa sobre nós. E depois concluiu: –
Sabemos que a dor aguda que sentimos após uma perda continuará e também permanecerá inconsolável e nunca encontraremos um substituto. Não importa o que aconteça, não importa o que façamos, a dor está sempre lá. E é assim que deve ser.
É a única maneira de perpetuar um amor que não queremos abandonar.
Nosso mestre Freud Mis uma vez nos esclarecendo que a dor também faz com que se mantenha vivo a beleza do que foi vivido!